Elis Regina - FASCINAÇÃO

sábado, 2 de setembro de 2017

TAL É A LEI DO UNIVERSO





Às vezes passamos anos observando a dor das pessoas. Ouvindo, nas mediúnicas, os testemunhos de espíritos que, equivocados no orgulho e falta de perdão, na empáfia, ainda sofrem as consequências dos seus atos. Mas não aprendemos. E empinamos nosso nariz, e acusamos o outro pela nossa dor.
Somos a consequência dos nossos erros e acertos. Ninguém é vítima, ninguém é algoz do outro. As aparências se enganam sim. Se somos vítimas, o somos de nós mesmos, da nossa incapacidade de dar, de amar, de soltar aquilo que achamos que possuímos. Se somos algozes, também o somos de nós mesmos, pois não temos a compreensão do perdão.  E nos punimos, embora imputemos a culpa no outro.
Na escola, só passamos de ano quando aprendemos a responder corretamente as perguntas que constam nas provas. Na vida, só passamos para uma nova etapa, quando aprendemos as lições que viemos aprender. É lei. E repito: Não há vítimas e nem algozes, há a lei do “plantou/colheu”. Tudo é questão de merecimento. Nessa lei não há apadrinhamento, não há corrupção, não há dinheiro que pague a promoção. Evoluir espiritualmente é como moer cana, e colher na dor das moendas que amassam nosso caule, o mel da garapa. Sim, a cana precisa de esfacelada para dar o seu caldo generoso e doce. Assim somos nós. Mas não precisa ser com sofrimento. Pode ser com carinho. Isso somos nós que escolhemos.
É tempo de abrir nossos olhos e seguirmos em frente optando pelo amor, pelo desapego, pela paz. Vamos ajudar a quem precisa, começando por nós mesmos. Por quem está ao nosso lado, por nossa família. Pelos colegas e amigos. Por aqueles que acreditaram em nós. Vamos jogar fora o orgulho, a arrogância, a empáfia. Vamos amar, pois o poeta foi muito feliz ao criar a frase “só o amor constrói”! Só ele pode modificar o mundo, o Planeta Azul que agoniza nas mãos de cirurgiões cruéis que o destroem pela ambição exacerbada, pela ganância, pela sede do poder e do vil metal. Pela derrubada de árvores e destruição da Mãe Natureza. Pela poluição que mata.
Vamos crescer enquanto é tempo, pois o tempo urge. Amanhã pode ser tarde demais. O poder acaba, o dinheiro não compra vida, o corpo envelhece queiramos ou não. E nada é eterno. Daqui só segue conosco as nossas obras. Se foram boas, se fomos honestos e bons, teremos um novo mundo do outro lado, onde poderemos ter paz. Se tivermos, porém, plantado espinhos aqui, certamente só teremos espinhos para colher. Tal é a lei.
Luzmar Oliveira.
02set17




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